domingo, 19 de dezembro de 2010

Enfim é Natal!!!....Alegria e...cada um que se vire para conseguir um lugar!



Tres lindas mocinhas,Marina, Fefê e Paula

Vovó e Rafa, este assistindo o show de Mart'nália...

Papai exibindo seu fióte!
Os netos em 2010



Rodrigoe Cia,Isaura, Henrique,Junia, Paula e de quebra, Flor







Não falei???
Flor, aniversariante!



Jonio, Aurinha e Rafa....treinando...
Vovó Isaura e Junia, tirando uma casquinha!

Padinho e afilhadona!









Duas adolescentes em plena atividade!
















No aconchego da casa, pequena para tanta gente, reunimo-nos finalmente.
Como dizem os mineiros, arreda pra cá, arreda pra lá, mas tudo acabou funcionando!
Risadas, conversas, bom astral.
 O "lacotijo", corruptela de lacuteio que quer dizer grande agitação; barulho, barafunda, promovida pelas crianças e adolescentes, e, certamente, também pelas gozações e brincadeiras dos adultos, em torno da mesa, da cervejinha, do espumante e dos tira-gostos (não sei por que deram este nome...melhor o "amuse gueule", ou "amuse bouche", ou distrai, diverte a goela, diverte a boca, dos franceses!).
Depois, o "amigo oculto ladrão", em que algum obscuro objeto de desejo, se torna o centro da curtição (uma sanduicheira...), o amigo oculto das crianças e jovens, do qual participa pela primeira vez o Rafinha, como diz Henrique, o "amigo oculto", "alguém dependente e coisa raríssima na família"( não sei se  se referia à dependência ou ao fato de ser o primeiro neto, homenzinho)
 E finalmente, o almoço. Nesta hora, algum silêncio e sossego para apreciar...
Em seguida os "parabéns " à Florença, linda flor agora com 14 anos, desabrochando com vigor e graça! E..."last, but not least" ai ai ai...o Bolo Brownie de aniversário, e...o Pudim de Claras  trazido por Tereza! Que marrravilha!
Se "Família é um prato difícil de preparar"...sobrevivemos, ao que parece, a mais um encontro!
E, se,  como diz a Fefê, "a vida não é pra apreciar...(no sentido de ficar só olhando), a vida é pra seguir em frente", vamos em frente com nossos projetos, um a um!
Eu cá, estou indo para o meu...em Paris.

Talvez o "Gostinhos de Natal" fique em reserva até o próximo e eu me empenhe em meu "Gostinhos de Paris".
É uma boa idéia para começar!



Obs: Fiz algumas fotos, e, no calor de minha atividade com o almoço, pedi aos adolescentes que fizessem outras e, ao que parece, eles se divertiram com "se" fotografarem. Perdemos o documentário completo da ocasião...Sinal inconteste de nossas falhas e de minha ingenuidade, ao acreditar que eles se preocupassem com registros "familiares" que é do que estão tentando se livrar.. 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Há coisas que a gente tem de esperar sentado!!!

Há coisas que a gente tem de esperar sentado:

O Papai-Noel chegar....ih como demora!

A hora de mamar...às vezes custa!

O papai chegar do trabalho....também leva tempo, até ele se desvencilhar daquela papelada e do telefone...

A hora de me encontrar com as priminhas...ih...são só meninas, meu deus! Vou ter de aprender muuuito!

E a hora de me ver em tantos olhares... não sei o que fazer com tantos...vou demorar a aprender, mas aprendo, vocês vão ver!

Mas estou chegando. De avião, hein?

Enquanto isto descanso...no olhar admirado e terno de minha mãe, no olhar curioso e orgulhoso de meu pai...

Espero sentadinho...

Espero, esperto!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

Coldplay, Christmas Lights, colaboração de Rodrigo para adoçar nossos ouvidos!

Ouvidos podem ser doces? Ou somos docemente ouvidos? Fazemo-nos ouvir nas doces vozes dos cantores  que nos suavizam a vida? Vejam o vídeo: lindo!


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

FAMÍLIA, PRATO DIFÍCIL DE PREPARAR*



São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo.
Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível.


Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio.
 Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares.
Súbito, feito milagre, a família está servida.
Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria?Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo.
Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida.

Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo.
Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados.
Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola.
Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo.
 De alegria, de raiva ou de tristeza. 
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco.
 Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre.
Família é prato extremamente sensível.

 Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido.
Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional.
 Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada. 
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.  

Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na  lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo.
Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete."

*de "O Arroz de Palma,de Francisco Azevedo)